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domingo, 14 de julho de 2013

Dia cinzento, hoje. Sol, onde estás?




“Love looks not with the eyes, but with the mind, 
And therefore is winged Cupid painted blind.”

William Shakespeare, A Midsummer Night's Dream 

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“To be nobody but yourself in a world which is doing its best day and night to make you like everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight and never stop fighting.” E.E. Cummings


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

RIP Nuno 1952-2012



 
 
 
Um dos meus irmãos morreu-me ontem de manhã nos braços, literalmente, vítima de um enfarte de miocárdio, o 112 não chegou a tempo.
Morreu como se tivesse adormecido.
 
 “To be, or not to be: that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them? To die: to sleep;
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to, 'tis a consummation
Devoutly to be wish'd. To die, to sleep;
To sleep: perchance to dream: ay, there's the rub;
For in that sleep of death what dreams may come
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause: there's the respect
That makes calamity of so long life;
For who would bear the whips and scorns of time,
The oppressor's wrong, the proud man's contumely,
The pangs of despised love, the law's delay,
The insolence of office and the spurns
That patient merit of the unworthy takes,
When he himself might his quietus make
With a bare bodkin? who would fardels bear,
To grunt and sweat under a weary life,
But that the dread of something after death,
The undiscover'd country from whose bourn
No traveller returns, puzzles the will
And makes us rather bear those ills we have
Than fly to others that we know not of?
Thus conscience does make cowards of us all;
And thus the native hue of resolution
Is sicklied o'er with the pale cast of thought,
And enterprises of great pith and moment
With this regard their currents turn awry,
And lose the name of action.--Soft you now!
The fair Ophelia! Nymph, in thy orisons
Be all my sins remember'd!”

― William Shakespeare, Hamlet
 


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Entretanto, há 48 anos, a 2 de Julho de 1964...



... nesse "To Be Just José or not to Be Just José" o Destino quis que "desse"...


... "To Be!".


O problema é que, 48 anos depois, estou farto deste "To Be"!
Não sei, queria fazer outra coisa, fazer algo da minha vida! Queria afastar-me de estar sempre a "postar"  "To Be or not to Be", queria ser diferente!




(Viram? Outra vez o Hamlet de Kenneth Branagh... não há pachorra, que "ganda séca"!)


O que queria eu ser?


Gostava que a minha vida tivesse fama, dinheiro, "glamour", excitação, sexo...
Queria ser Bill Gates? Não... é pouco.
Queria ser como o Ronaldo? Nah...
Queria ser um Freud, um Nietzsche, um Einstein? Bah, que interessa isso?!


O que é mais que isso tudo? 
Amigos, não estão a ver?! 
Ser piloto de aviação civil! Ah pois é!


Mas não um piloto low-cost, não isso nunca...



Queria ser um piloto de luxo, com super-poderes e acima de toda a sociedade... piloto da TAP!
Não, não, melhor ainda, queria ser piloto da TAP e presidente do sindicato dos pilotos da aviação civil!


E até posso delirar e dizer que queria ter subsídio de férias e de Natal e que (quase) todos os outros trabalhadores do Estado não tivessem!
E queria decretar greves "à patrão" para poder vir a ter ações da TAP porque um político dos que desbarataram as finanças públcas me prometeu isso há 400 anos atrás!


Mas há mais no meu delírio: queria decretar "greves-de inveja" porque há colegas que foram aumentados em 40% e eu não! Lembrem-se da ironia, eu que ganharia cerca de 8600 € brutos em média e receberia subsídios de férias e Natal quando quem ganhasse 1000 € não receberia tais subsídios! 
Ahahah como seria arrogante! Mais! Mais! 
Lembrei-me de outra: queria decretar "greves-bullying" para afastar colegas! Ahahah


Que perverso seria!






E queria que no governo da Nação não ouvesse ninguém com tomates para dar um filho-da-puta de um murro na mesa e dizer "basta"! 
Queria que fossem todos uns cabrões de uns moles! Ahahah


Esperem, esperem! Mais! Mais!


E quando o país mais precisasse e existissem pessoas desesperadas com a crise, teria o poder de decretar "greves-extorcionárias" cujo simples pré-aviso causaria milhões de euros de prejuízo à própria empresa que me paga e à hotelaria e restauração nacionais, geradoras de emprego sazonal!


Extorcionárias sim, vós sabeis, assim como aqueles senhores que chegam às discotecas e partem três garrafas e dizem ao dono "olhe, se você não quer um prejuízo maior, é melhor dar-nos o que queremos..."


Lindo, lindo, seria lindo!


Ah meus amigos, fazer parte de uma elite de 800... que delírio!


Claro que depois o céu seria o limite: sem ninguém para nos travar, continuaríamos a nossa cavalgada irrazoável e faríamos greves para que o presidente do sindicato fosse nomeado ministro dos transportes e depois greves para que o ministro dos transportes fosse Presidente da República por inerência.


Greves para baixar salários a todos os colegas e greves para que os comissários de bordo nos lavassem os carros ao fim-de-semana e as assistentes de bordo satisfizessem os nossos desejos com um estalar de dedos...


Ah meus amigos... To Be or not to Be a fucking arrogant bastard, that is the question.


Sabeis uma coisa? 


Eu era contra a privatização da TAP mas acho que o Estado Português é pequeno demais para a superioridade e genialidade dos nossos 800 Mourinhos-Voadores.


Não podemos cortar-lhes as asas! Seria um crime!


Privatize-se a TAP... JÁ, tipo MESMO JÁ! 
Por favor deixem os nossos génios voar livres para o céu profissional em Madrid ou para Bogotá!


Não, esperem, mandem-nos para a China e tragam pilotos chineses para cá. 
Já tinha a certeza que os pilotos chineses seriam menos arrogantes, agora fiquei a saber que também são mais bonitos...