domingo, 7 de julho de 2013

Dragão Vermelho


Agora, depois de pensamentos tão profundos e tanta telepatia, os neurónios vão à praia descansar. 
Qual praia? Não sejais curiosos mas vá... vou à praia do Dragão Vermelho, gosto do nome. E até está muito boa agora, é bandeira azul e, embora nesta foto não se veja, tem chapéus de palha e espreguiçadeiras para alugar e tudo. Toda a Costa melhorou muito. Para além disso arranjei um truque para estacionar o carro onde não se paga nada, numa rua da Costa lá ao pé.

A vista é espetacular, acho que com uns binóculos potentes até se conseguia ver Carcavelos do outro lado do estuário do Tejo. Muito bom.




  Sculpture of St. George and the Dragon in Fairmount Park, Philadelphia. Sculptor unknown, date - before 1900

Depois vou comer um prego e beber uma imperial por ali. 
Esperem, um prego não, um peixinho, porque li aqui na Rádio Internacional da China que os idosos japoneses dizem que o segredo da saúde e da longevidade tem a ver com a dieta equilibrada e saudável:

"Os alimentos referidos na dieta dos idosos japoneses são muito nutricionais e fazem muito bem à saúde. Os peixes em alto-mar, como cavala, salmão, bacalhau e sardinha, são ricos em DHA e EPA, ajudando a melhorar a memória e reduzir a gordura no sangue." 

Eu admiro muito os chineses e os japoneses e acho que, quem os admira também, deveria  escutar a voz da sua sabedoria. Não especifica se eles comem os peixes mortos ou vivos, mas devem ser mortos porque eu uma vez tentei comer um vivo e depois andou-me às voltas no estômago, foi uma digestão difícil.

Tenho uma amiga ucraniana, a Tetyana, que é vegetariana e começa com aqueles argumentos de que não quer comer animais mortos, que horror, aí não porque é necrofíla, que os animais são nossos irmãos já dizia São Francisco e coisas assim. Eu um dia disse-lhe, estávamos os dois numa esplanada a beber uma imperial, numa altura em que o marido voltou 15 dias à Ucrânia:

"Tetyana, vamos fazer uma experiência científica para te provar que não sou necrófilo, ou seja, não tenho nenhum prazer sexual ao comer um bife." Ela riu-se e perguntou logo 
"Que vai sair daí?"
"É muito simples, colocas-me a mão entre as pernas enquanto eu me delicio com um bife. Se sentires uma ereção é porque tenho tendências necrófilas e então juro-te que passo a ser vegetariano!"
Ela corou e riu, enquanto compunha o decote do top, dado que uma mama estava a querer sair, sorrateira. Depois respondeu:
"Ah não podia ser, porque a minha mão te ia causar uma ereção e isso alterava a experiência..." A Tetyana é licenciada em medicina embora em Portugal seja rececionista.

"Hum.... Pois é tens razão, só se te ajoelhasses debaixo da mesa e observasses..." Ela riu mais e retorquiu que só se ajoelha na igreja perante o sacerdote. "Ah da tua vida privada não quero saber nada, não entres em pormenores!" disse-lhe eu com um sorriso.


Por acaso vi também na Rádio Internacional da China algumas fotos com a Scarlett Johansson para a Vanity Fair

Nesta a Scarlett estaria perfeita para a minha experiência científica sob a mesa:

 


É impressão minha ou esta foto é um pouco ridícula? Com o guardanapo?! ahah

Mas agora estava a ler outra coisa sobre carne vermelha, isto, e acho que da próxima vez que comer um prego pergunto se a vaca era elegante pois pelos vistos se forem vacas e bois "top-model" podem-se comer!

"A nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), já perdeu a conta de quantas vezes ouviu pacientes dizendo: "Tenho hábitos saudáveis, por isso não como carne vermelha". Essa marginalização nutricional vem da época em que os bois passavam anos e anos se empanturrando no pasto. E o resultado desse regime especial era uma carne supergorda. Mas, em um mundo que luta contra a obesidade e outros males conseqüentes dos abusos à mesa, até os bichos tiveram de entrar na linha. "Hoje os animais são abatidos mais jovens e não têm tempo para acumular tanta gordura"

Gosto dos conceitos referidos no artigo de "marginalização nutricional da carne vermelha" e de "redenção do gado" através da sua reentrada na cadeia alimentar...

Afinal os animais comem-se uns aos outros e acho que nós, ao recusarmos comê-los, estariamos a querer colocar-nos acima deles. Seremos "demasiado finos" para sujar os dentes no rio de sangue que é a Vida? Sangue ao nascer, sangue na menstruação, sangue na morte, porque não sangue à mesa? Seremos demasiado piegas como dizia o Passos Coelho?

Morde o animal teu irmão e redime-o, oh humano(a)!

P.S.: Só espero que, por ter dito para onde vou, não me apareça nenhum(a) stalker do facebook. Não é por nada, é que detesto dar autógrafos na praia, só isso. :)

 
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“To be nobody but yourself in a world which is doing its best day and night to make you like everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight and never stop fighting.” E.E. Cummings

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