Proponho-vos uma adivinha:
Quantos cardiologistas portugueses acabaram de regressar deste congresso, depois de passarem 15 dias à conta dos laboratórios, em que só tiveram de ir umas horitas às sessões de trabalho e depois foi só passeio e visitar, entre outros locais, o Kruger National Park?
Uma oferta de muitos milhares de euros... sem contar que o acompanhante só pagou as viagens e apenas deu um valor simbólico pela estadia... e todos sabemos que não há almoços grátis, quanto mais viagens grátis de 15 dias à África do Sul.
Quantos cardiologistas portugueses acabaram de regressar deste congresso, depois de passarem 15 dias à conta dos laboratórios, em que só tiveram de ir umas horitas às sessões de trabalho e depois foi só passeio e visitar, entre outros locais, o Kruger National Park?
Uma oferta de muitos milhares de euros... sem contar que o acompanhante só pagou as viagens e apenas deu um valor simbólico pela estadia... e todos sabemos que não há almoços grátis, quanto mais viagens grátis de 15 dias à África do Sul.
A propósito, factos esclarecedores encontrados no Portal da Saúde - Ministério da Saúde sobre o negócio dos medicamentos no nosso país:
O mercado dos medicamentos (só os vendidos em ambulatório, não os hospitalares) no nosso país valeu 2942 milhões de euros em 2011, dos quais a grande fatia veio de prescrições dos médicos do SNS (2100 milhões de euros).
Nessas prescrições, o valor comparticipado pelo estado foi de 1326 milhões de euros.
Vou repetir: os contribuintes portugueses pagaram mil trezentos e vinte e seis milhões de euros às farmacêuticas em 2011.
Vem tudo aqui: Análise do Mercado de Medicamentos, em Ambulatório - dezembro 2012
Como se vê, a faturação das empresas farmacêuticas e o negócio gerado pelas canetinhas dos médicos do SNS dão e sobram para aquelas levarem alguns dos senhores doutores - os mais produtivos a "vender"ou o melhores opinion leaders, claro - à África do Sul, à Austrália, à Argentina ou ao Pólo Norte. Até dava para os levar ao Espaço!
O mercado dos medicamentos (só os vendidos em ambulatório, não os hospitalares) no nosso país valeu 2942 milhões de euros em 2011, dos quais a grande fatia veio de prescrições dos médicos do SNS (2100 milhões de euros).
Nessas prescrições, o valor comparticipado pelo estado foi de 1326 milhões de euros.
Vou repetir: os contribuintes portugueses pagaram mil trezentos e vinte e seis milhões de euros às farmacêuticas em 2011.
Vem tudo aqui: Análise do Mercado de Medicamentos, em Ambulatório - dezembro 2012
Como se vê, a faturação das empresas farmacêuticas e o negócio gerado pelas canetinhas dos médicos do SNS dão e sobram para aquelas levarem alguns dos senhores doutores - os mais produtivos a "vender"ou o melhores opinion leaders, claro - à África do Sul, à Austrália, à Argentina ou ao Pólo Norte. Até dava para os levar ao Espaço!
Para terminar, um artigo interessante:
Drug Companies & Doctors: A Story of Corruption
E depois grita-se "Abaixo a Troika"... talvez devesse gritar-se "Abaixo os que roubam o Estado".
E depois grita-se "Abaixo a Troika"... talvez devesse gritar-se "Abaixo os que roubam o Estado".

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