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domingo, 30 de junho de 2013

O sr. Silva é palhaço? Não, é apenas um típico português mirone


São Paulo




Istambul


 
 
Lisboa
 
"In class society, everyone lives as a member of a particular class, and every kind of thinking, without exception, is stamped with the brand of a class."
 
Mao Ze Dong On Practice,” (July 1937), Selected Works, Vol. I, p. 296.
 
 


 
 
O problema é simples: eles não conseguem voltar-se contra a autoridade porque são ainda produto de "Deus, Pátria e Família". E se caiu deus, ficou de pedra e cal "Pátria e Família".

Dizem-se de esquerda mas são salazarentos.

Muitos deles são financiados pelos pais. Tive ontem uma mãe a ligar-me porque queria comprar uma casa para a filha ali pelo Bairro Alto, Camões, a menina já tinha morado em São João do Estoril e agora estava numa casa arrendada mas a proprietária vinha de Nova Iorque, tinha ido para lá estudar e a menina (se calhar já quase com 30) precisava de uma casinha no sítio da moda.
 
A burguesia urbana com 30 é pior do que a dos 40 e a dos 20 pior do que a dos 30.
São os "arrumadinhos" e as "arrumadinhas".
 
O copito à noite é que não pode faltar. E a ida ao concerto, claro.
Dezenas e dezenas de concertos são publicitados.
Bilhetes a 30, 40, 100€ ou mais. Rios de dinheiro.

Uma versão atualizada da alienação "taberna e fado" dos tempos de Salazar.
Agora a taberna é o Bairro Alto e o faducho é o concerto. E alguns voltam mesmo às tabernas dos avós e ao faducho!

Gritam contra o capitalismo, votam bloco de esquerda mas adoram o deus-dinheiro mais do que ninguém.
São a outra face do Passos Coelho.
Apenas querem menos impostos e mais dinheiro na conta, só isso! Será pedir muito, Passos? Dá-lhes mais dinheiro!
Mudança?! Mudança social?
Foda-se, não mexas mais, está bem assim, desde que haja festa às quintas, sextas e sábados à noite.

É preciso é mais dinheiro e emprego certinho, como o dos papás. Porque sem emprego não há festa nem carrinho à porta.

Dinheiro. Querem mais dinheiro. O Passos Coelho poderia comprá-los facilmente, seriam fiéis como cães, se ele lhes desse mais dinheiro para copos e concertos e carrinho à porta.

Mudança?! Revolução?! Evolução?! Enfrentar quem viola os seus direitos?!
Não querem mudança. Se lhes falam em mudança dizem logo "Deixa-me em paz!".

Ah, estes meninos e meninas da mamã trintões que querem é morar em Alfama, no Bairro Alto ou assim, para depois ir contar para o blogue como é gira a sua casinha.
"A minha casinha em Alfama é melhor que a tua no Bairro Alto!"
Uma outra versão de "O meu Mercedes é melhor do que o teu BMW!"

Praia de manhã, greve á tarde e copos à noite não é um excelente programa?
 
Sou levado a concordar com o que o Daniel Oliveira disse uma vez no Eixo do Mal: de facto, o Passos Coelho lidera o primeiro governo verdadeiramente revolucionário desde o 25 de Abril. É uma revolução liberal e capitalista mas pelo menos ele tem tomates para ir em frente contra tudo e contra todos! O Pedro de Massamá é um idealista, é louco!

Mas vamos, nós, ser realistas: olhando para trás, com uma revolução de "cravos", de florinhas, em 25 de Abril de 1974, estávamos à espera de quê?

O palhaço Cavaco Silva é filho da revolução tolerante. Por isso toleramos o sr.Silva.

Acho que a única coisa que me anima é mesmo a elevadíssima qualidade dos nossos mirones. Não há outros assim no mundo.

Há uma certa postura filosófica, uma profundidade na "atitude mirone", não acham? Reparem na pose do indivíduo da direita. Ele não participa nos acontecimentos, está só a ver.

E é isso que nos continua a acontecer como povo, estamos só a ver.
Nós, povo português, somos hoje mais do que nunca aquele gajo da direita.


 


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“To be nobody but yourself in a world which is doing its best day and night to make you like everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight and never stop fighting.” E.E. Cummings
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

deus nos valha, Daniel Oliveira


deus



Deus olhou para dentro do seu secreto coração
Em busca de uma palavra
Para abençoar a multidão dos vivos cá em baixo.

Mas por mais que olhasse como pode
E suplicando aos fantasmas para viverem de novo
Mas sem ouvir nenhuma canção naquele quarto
Descobriu com dor ardente
Que não tinha bênçãos para dar.
 
 
 
Harold Pinter - 1993

várias vozes
tradução jorge silva melo e francisco frazão
quasi - 2006



 
 
"A vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos."

Daniel Oliveira, sobre o caso "Cão Zico atira bébé Dinis para a morgue"
 

Não tenho nada contra o Daniel Oliveira embora deva aqui referir que uma vez, há um bom par de anos, não gostei nada do que ele escreveu sobre Saramago, colocando-se sobranceiramente e com um tom paternalista num nível superior ao escritor e considerando Saramago senil por atacar a bíblia, menorizando-o.
Reagi no facebook dele e comentei, entre outras coisas, que daqui a uns anos ninguém se lembraria de Daniel Oliveira e todos saberiam quem era Saramago. Isso e uma referência que fiz ao Paulo Pedroso, dizendo que também devia ter sido julgado e escapou por tráfico de influências (não sabendo que o Daniel é muito amigo do Paulo Pedroso), levaram o bom do Daniel a "desamigar-me" no facebook dele.
Foi para o lado que dormi melhor, claro.
 
Quanto à posição dele sobre a petição "Não abatam o cão", concordo plenamente exceto na frase que citei no início. Para essa frase, Daniel Oliveira escolheu propositadamente dois exemplos extremos. Fê-lo para vincar que em situação nenhuma, a vida humana vale menos do que a vida de um animal.
 
É um dogma.
 
Mas esta profissão de fé na vida humana, elevando-a a algo quase sagrado e transcendente (posição que fica bem a crentes em deus e na criação do homem à sua imagem e semelhança mas que é anacrónica para um ateu) não é inocente, é uma posição política.
É que o Daniel Olveira sabe que se admitisse que um golfinho ou o último animal de uma espécie em extinção tem mais valor do que um doente psiquiátrico assassino em série violador, estaria a admitir que os Homens não valem todos o mesmo. E a igualdade entre os homens é o fundamento da democracia um-homem-um-voto, dos "direitos humanos" e da oposição à pena de morte.
 
Tudo porque a vida humana teria um "valor incalculável" e os humanos são todos iguais: por isso estariam todos acima dos outros animais.
 
Claro que sabemos ser tudo isto uma mentira conveniente e uma convenção hipócrita, pois todos os dias os tribunais atribuem um valor à vida humana, estipulando indemnizações, todos os dias morrem dezenas de pessoas na Síria e ninguém se rala, o Obama mandou assassinar o Bin Laden sem problemas, como um capo da mafia faria, e ouvi o François Hollande afirmar convicto que o objetivo das tropas francesas quando encontrarem os terroristas é destruí-los e, se possível, fazê-los prisioneiros (sim, disse-o por essa ordem e com  essas palavras).
 
Amigos, todos nós sabemos que a vida do Einstein teve muito mais valor para a sociedade que a vida de todos os assassinos que viveram na época dele. Isso é óbvio.
E qualquer pessoa mentalmente saudável, se tivesse de escolher entre Einstein e um criminoso assassino pedófilo, escolheria Einstein. Assim como tendo de escolher entre um criminoso assassino pedófilo e um animal de uma espécie em extinção, qualquer pessoa inteligente não hesitaria.
 
Não, Daniel, há vidas humanas que não valem nada e são dispensáveis: são os supérfluos, como F.W.Nietzsche os apelidava.
 
Acontece que eu posso afirmar esse óbvio porque os meus Valores estão adaptados à realidade do Universo e traduzem aquilo que todos observamos no dia-a-dia mas não assumimos.
 
Assim, eu sou coerente e por isso sou favorável á pena de morte, por exemplo.
 
O Daniel também é coerente mas para poder ser coerente com as opções políticas que defende e a pretensa igualdade entre os homens, tem de convencionar que os homens sao sempre superiores aos animais, porque são homens e são iguais - embora de forma contraditória nos indique que há seres humanos asquerosos e isso já é uma avaliação, ele está a dar pouco valor a esses seres humanos, enfim...
 
Já aqueles "totós" que, defendendo os mesmos Valores do Daniel, defendem também que há animais que valem mais do que alguns homens, não se estão a aperceber das consequências políticas e filosóficas da sua posição... e de como estão a minar os pilares da democracia... a menos que estejam a pensar deixar "grandes animais" (tal como há "grandes homens") governarem o país...
 
 
 
 
  
Photo by Walter Frentz
Adolf Hitler playing with his dog, presumably Blondi, at field headquarters, probably 1943.
Hitler loved animals and enacted the harshest anti-animal cruelty laws (especially with regards to dogs) in the entire world.

 
 
Canadá: cerca de 300.000 focas são massacradas todos os anos.
 

domingo, 5 de agosto de 2012

Esse tal de Jesus Cristo era lixado...


... para quem queria segui-lo, tocar a fé e dar um sentido à sua vida, ele era muito exigente.
Mesmo muuuuuito exigente.
Não?! Religião do amor, dizeis vós?! Onde?!

Ah amigos, não lestes o evangelho segundo São Lucas, versículo 14:26, de certeza!
Disse Jesus para quem o quis ouvir:

"Se alguém vier a mim, e não odiar a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo."

Ver aqui para crer

Fogo... não era fácil seguir o "filho de deus"... Essa religião não deve ter tido muitos seguidores...

O quê?! Estão a dizer-me que teve?! Centenas de milhões de seguidores?!
Ah de certeza não lhes mostraram as letras pequeninas do contrato de fidelização, só pode.




"Feeling unknown
And you're all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
And i make you a believer
I will deliver
You know I'm a forgiver

Reach out touch faith

Your own personal Jesus"