segunda-feira, 29 de julho de 2013

Looks like an Official Channel of Communication


Fernando não queria encontrar Maria. Nunca quereria encontrá-la sem ela querer, estava completamente fora de causa! Será que ela tinha percebido isso?!

Mesmo que o Destino lhes quisesse pregar uma partida e os colocasse no caminho um do outro, ele tentaria evitá-la. Porque se Maria quisesse, se Maria finalmente percebesse o valor inestimável de uma interação radicalmente estranha e com uma história única, que daria seguramente um filme diferente de todos aqueles que ela já tinha visto, então seria ela a baixar as "defesas" e a procurá-lo. 

De facto, Maria parecia mais madura de ano para ano, mais "una", mais centrada. Fernando também estava a modificar-se, já tinha despido o fato de "herói salvador". Estavam ambos a aprender um com o outro... à distância.

Mesmo que nunca se voltassem a encontrar, já se tinham ajudado mutuamente a evoluir e tinham tocado a vida um do outro de uma forma indelével. O balanço era francamente positivo, apesar da interação entre os dois ter deixado "campos de colheitas virtuais" arrasados e sem uma letra, de um lado e do outro. E de também ter havido "jogadas baixas" e reações excessivas.

Mas afinal não são as queimadas uma forma de renovar o terreno? Se tinham induzido mudança um ao outro não era isso excelente?

No entanto, todas as defesas de Maria continuavam levantadas e ela teimava em ostracizar Fernando e vê-lo como "hostil" e estranho. Por isso nada havia a fazer, Maria era para esquecer.


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“To be nobody but yourself in a world which is doing its best day and night to make you like everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight and never stop fighting.” E.E. Cummings

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