Recordo de Miguel Portas a troca de opiniões que tive com ele no seu mural do facebook, em finais de Novembro de 2009, quando os suíços baniram os minaretes das mesquitas, identificando-os corretamente como símbolos político-religiosos.
(Ver aqui: Suíços banem minaretes das mesquitas do país)
A discussão derivou para o uso do véu islâmico e da burka, assim como dos direitos das mulheres. Discordámos e cheguei a acusá-lo de trair a esquerda marxista anti-religião-ópio-do-povo e também de trocar os direitos das mulheres por um relativismo cultural que mais não era (é) do que ajoelhar perante um clero opressor e poderoso. Tudo a troco de um "politicamente correto" manchado do sangue dos oprimidos religiosos e de um ideal irrazoável que quer integrar no "multiculturalismo" os que só têm um objetivo: dominar todas as outras culturas infiéis e impôr a sua fé.
Falou-me inclusivamente do seu livro "No Labirinto - O Líbano entre guerras, política e religião" que comprei e li.
Esta foi a última música que colocou no seu mural. Como canta a letra, o seu último amor (sim porque quem ama a Vida tem de amar também a Morte) visitou-o e disfrutou do seu corpo como se o seu corpo fosse a casa dela.
Death: I am Death.
Antonius Block: Have you come for me?
Death: I have long walked by your side.
Antonius Block: So I have noticed.
Death: Are you ready?
Antonius Block: My body is ready, but I am not.
The Seventh Seal (1957), Dir. Ingmar Bergman

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