segunda-feira, 23 de abril de 2012

Do nosso "Mal" - I


Qual o nosso Mal? O que é "mau" para nós?
Mau é o espírito de rebanho.
Esse é o nosso Mal.





Aqui queremos espíritos livres que não cedam à pressão do grupo, seja ele a família, o companheiroa), os(as) amigos(as) pessoais, os amigos virtuais, os vizinhos, os clientes/fornecedores, os clubes a que pertencem (mais ou menos secretos), o partido, o "politicamente correto", enfim, a sociedade.


Raquel Welch by Terry O'Neill

 

"A liberdade de espírito exige, de acordo com Nietzsche, rebeldia, subversão, ruptura, conflito, solidão e recriação. Aquele que procura o aplauso fácil não pode aspirar à nobreza de carácter. O timorato, aquele que procura atingir a felicidade no meio dos compromissos, da submissão e do servilismo, nunca deixará de ser um escravo."

Prof. Ramiro Marques, "Nietzsche e a Educação"



"Chama-se espírito livre àquele que pensa de forma diferente do que se espera dele, em virtude da sua origem, do seu meio, da sua posição e do seu ofício, ou em virtude dos pontos de vista dominantes da época. Ele é excepção, os espíritos subordinados são a regra; estes censuram-no por os seus princípios livres ou terem a sua origem na mania de se fazer notar ou até permitirem chegar a acções livres, isto é, a actos que são inconciliáveis com a moral estrita. De vez em quando, também se diz que estes ou aqueles espíritos livres seriam derivados de excentricidade e exaltação do espírito...Se os espíritos livres têm razão, então não têm razão os espíritos subordinados, independentemente de os primeiros terem chegado à verdade por imoralidade, de os outros, por moralidade, terem ficado até agora agarrados à falsidade. De resto, não faz parte da essência do espírito livre que ele tenha maneiras de ver mais acertadas, mas antes que ele se tenha desligado do que é tradicional, quer seja com êxito ou com um malogro. Em geral, contudo, ele terá do seu lado a verdade ou, pelo menos, o espírito da busca da verdade: ele exige razões, os outros, crenças".

F.W.Nietzsche, "Humano, Demasiadamente Humano", parágrafo 225


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